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Combata o assédio e evite crises decorrentes dele

Segundo o relatório anual do ICM (Institute for Crisis Management), em 2018 o item “assédio sexual” representou 9,42% do todas as crises. Já em 2019, o índice passou para 16,43%. Não foram exatamente os casos que aumentaram, mas sim as denúncias, principalmente depois do movimento “me too” (ou “eu também”, em português), uma campanha virtual que incentivava as vítimas de assédio e agressão sexual a romperem o silêncio.
 
Ana Flavia de Bello Rodrigues, CEO da Cosafe LATAM, conversou com o Prof. Joao Forni sobre esse tema, aproveitando a experiência dele em instituições bancárias públicas e sua bagagem como Consultor de Comunicação com foco em gestão de crises. A conversa foi além dos assédios sexuais: tratou sobre o que uma organização deve fazer para evitar crises decorrentes de assédios de qualquer natureza.
 
Segundo o professor Forni, os assédios sexuais ou morais são praticados por “pessoas tóxicas que se aproveitam do seu poder hierárquico ou econômico para fazer pressões sobre outros indivíduos”. Isso se deve à uma mentalidade antiga, mas ainda existente em algumas corporações, de que “chefes mandam e os demais obedecem”. Essa visão verticalizada, unilateral e abusiva, deixa pouco espaço para expressão da individualidade.
 
Uma pesquisa realizada pela Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal) em 2021 mostrou que mais da metade dos entrevistados sofreu assédio moral no ambiente de trabalho e 70% deles testemunharam situações desrespeitosas.
 
Felizmente, essa prática vem sendo substituída pela de liberdade, equidade e diversidade, já que se sabe que o sentimento de pertencimento, empatia e respeito influenciam no clima organizacional, no espírito de equipe, na satisfação profissional e no desempenho dos colaboradores.
 
Uma das medidas para combater o assédio nas empresas é instruir e preparar o nível da gerência média, que transita tanto pela base quanto pela alta liderança, e, portanto, tem maior facilidade de tomar conhecimento e adotar providências.
 
Além disso, implantar um canal de denúncia seguro e isento, cuja gestão seja responsabilidade do board (e não de departamentos internos), com poderes acima da diretoria executiva. A credibilidade aqui é essencial para a eficiência do canal.
 
Para ouvir mais dicas de como implantar uma cultura de combate ao assédio, assista à live na íntegra, clicando no link abaixo:

 https://www.instagram.com/tv/CfcppCBlYFAPI93P3UOPYqr6JvVVY8SGsUOccU0/

Não é mais possível admitir condutas como essa. Tanto para o bem-estar das pessoas quanto das corporações!

Combater as diversas formas de assédio é dever de todos.

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