Biometria e a unificação dos controles de acesso físico e virtual na educação

Controles de acesso físico e virtual: o que é preciso para unificá-los

Os casos relativamente recentes de ataques em escolas deixaram bem clara a necessidade de controlar com maior rigidez o acesso de quem transita nesses ambientes. Desde as instituições de ensino básico até as universidades, aumentaram os investimentos com o objetivo de criar barreiras e identificar o mais rapidamente possível qualquer situação de crise. Agora, equipes de segurança, catracas, alarmes, câmeras e biometria, ganharam mais destaque.

Embora tragam benefícios inegáveis para a segurança, sem um apoio de treinamentos e uma ampla comunicação adequada, dispositivos tecnológicos podem acabar se tornando um grande empecilho e dificultando a experiência de muitos usuários do sistema, causando rejeição por parte de alunos, pais, professores, funcionários e, por fim, acabando em desuso, gerando desperdício de tempo e dinheiro.

Entretanto, graças à transformação digital, existe um barateamento gradual dos dispositivos tecnológicos. Novas soluções mais avançadas e não tão caras quanto antes, têm trazido mais segurança, agilidade e conveniência, pois além da proteção e controle, a tecnologia pode ajudar nas decisões pedagógicas.

Esses fatores contribuem para uma aceitação maior dessas medidas providenciais de segurança por parte dos profissionais, alunos, seus respectivos responsáveis, e todas as outras pessoas que acessam e fazem parte das instituições de ensino.

Neste conteúdo, iremos focar em biometria e tecnologias que permitem a unificação dos controles de acesso físico e virtual na instituições de ensino, como operam essas soluções e quais os principais efeitos positivos dessas ações.

As principais tecnologias demandadas para o controle de acesso físico/virtual e segurança na educação

As três principais linhas de tecnologia que estão contribuindo no controle de acesso físico e virtual nas instituições de ensino são:

  • videomonitoramento inteligente
  • biometria
  • incorporação dos smartphones como parte integrante dos sistemas de segurança

De acordo com Rogério Coradini, Diretor de vendas de Sistemas de Controle de Acesso Físico (PACS) da HID na América do Sul, “as soluções preferidas são aquelas que permitem garantir que somente as pessoas autorizadas terão acesso às dependências das instituições. As escolas, preferencialmente buscam por sistemas que oferecem condições para que os pais e/ou responsáveis tenham acesso em tempo real sobre informações relacionadas à presença do(a) aluno(a). Extrapolando um pouco, algumas buscam sistemas que possibilitam que um determinado aluno só saia das instalações acompanhado de um responsável”.

Quanto ao controle de acesso virtual, com o aumento do uso de plataformas EAD para a continuidade das aulas com o distanciamento social inevitável durante a pandemia da Covid-19, sua necessidade se evidenciou ainda mais. As Instituições estão procurando emergencialmente formas de migrar o controle de acesso físico para o ambiente virtual, com todas suas particularidades específicas.

Algumas empresas, antes mesmo da quarentena, já estavam preparadas para fazer essa unificação em nuvem, oferecendo credenciais que servem tanto para o controle de acesso físico como o virtual, tornando muito mais fácil esse gerenciamento dos alunos a distância.

Apesar de existir certo questionamento quanto a garantia que esses alunos estão acompanhando suas aulas, é importante entender que essas soluções vão além da análise biométrica da digital dos alunos ou reconhecimento facial. Existe uma série de análises comportamentais que podem ser feitas usando um conjunto de tecnologias para assegurar que é realmente o(a) estudante quem está assistindo ou realizando alguma atividade, avaliação, etc.

Como essas tecnologias são utilizadas para efetivar os controles de acesso físico e virtual unificados

Começando pelo vídeo analítico, ou videomonitoramento inteligente.

Nesse tipo de solução, que ajuda as instituições de ensino a proteger seus alunos, profissionais e otimizar suas operações, destaca-se o reconhecimento facial, pois o sistema da escola pode utilizar a própria webcam para fazer o reconhecimento do aluno pelos traços únicos de sua face, a fim de permitir o acesso dele à plataforma. Também é possível programar que se faça o reconhecimento a cada período, como de hora em hora, por exemplo.

Leonardo Fonseca Netto, diretor de engenharia da NEC no Brasil, afirma que “as soluções de vídeo analítico, junto com o reconhecimento facial, tanto virtualmente como em locais físicos ajudarão a segurança assim como o melhor controle do aluno. É importante comentar que o vídeo analítico ajudará a ver o que acontece nos locais, como se uma pessoa usa máscara, capacete, ações como aglomerações e até brigas”.

Biometria como chave para integração de sistemas físicos e virtuais

Para efetivar os controles de acesso físico e virtual unificados, é indispensável que o videomonitoramento inteligente opere paralelamente com tecnologia biométrica e smartphones, esses como parte fundamental da gestão de identidades e controle de acesso centralizada em nuvem.

“A tecnologia biométrica será usada para fazer uma autenticação. Um exemplo interessante seria na hora de uma prova, de uma apresentação. Nestes casos haveria um sistema para confirmar se é realmente o aluno que está ali. Bons exemplos são: prova no Detran, prova presencial em laboratórios educacionais via computador” afirma Netto.

Para Ricardo Miralha, Gerente de Vendas da IDEMIA para América Latina, “a biometria tem se revelado uma ferramenta muito importante para as instituições de ensino. Somente através dela é possível determinar realmente quem são as pessoas que estão ingressando em suas dependências. Uma cartão pode ser emprestado, uma senha pode ser informada para alguém. A biometria é única, pessoal e intransferível. Fora o fato de que crianças têm dificuldade no uso de cartões, pois acabam perdendo ou esquecendo-o. A biometria resolve todas estas questões”.

Uma aplicação que é bastante comum é somente permitir que o aluno se autentique na rede de computadores uma vez que o sistema de acesso identifique que ele realmente está na escola. Outra aplicação  possível é o uso de biometria para marcação de presença em aula. Acabou aquela história de pedir para algum amigo assinar a lista de presença.

Tudo isso para proteger e analisar o que acontece com todos os que fazem parte e frequentam as instituições de ensino, além de garantir a identidade segura desses indivíduos no contexto atual das necessidades de controle de acesso.

“As identidades seguras se caracterizam através de soluções que impeçam a transferência interpessoal e da cópia ou clonagem dessas identidades. Outro recurso desejável é a possibilidade de utilização de uma identidade segura além do controle de acesso, como, por exemplo, nas cantinas, bibliotecas ou ainda na impressão segura de documentos, além de outros serviços ofertados dentro das instituições de ensino”, complementa Coradini.

Tecnologia para gerenciamento de crise a distância

Além dessas tecnologias que reforçam a segurança das instituições de ensino, há também outras plataformas digitais apropriadas para integrar sistemas e pessoas, direcionando a comunicação efetivamente e reduzindo os danos causados por uma crise ou acidente. Soluções como o aplicativo Cosafe permite integrar todos os protocolos de segurança da escola na palma da mão e criar fluxo de comunicação precisa e centralizada no momento de gestão de uma crise.

Ana Flavia Bello Rodrigues

Comments are closed.