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Segurança nas escolas – como criar um sistema de Gestão de Risco eficiente

A falsa ideia de que ataques em escolas só aconteciam no exterior foi contradita em março deste ano, quando o atentado em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, foi à mídia. 

O caso, que chocou o mundo, revela a vulnerabilidade que as instituições de ensino possuem, inclusive no Brasil. E isso vai muito além da violência urbana e das periferias. 

Dados do INEP em parceria com o Ministério da Educação, revelaram que, só no ano passado, mais de 8.054 atentados à vida aconteceram nas escolas do Brasil.  

O estudo também aponta a ocorrência de 22.229 casos de furto no mesmo período. 

Indício de que nem mesmo estudando estamos protegidos e, muito do que tange a segurança ainda precisa ser pensado para melhorar a defesa destes espaços. 

Empresas do ramo já trabalham na implementação de uma gestão de risco séria dentro de escolas. 

O controle de acesso e a instalação de centrais de monitoramento aparecem como as alternativas de segurança mais propostas. 

Mas o uso da tecnologia da informação e ferramentas de inteligência artificial são as sugestões de aprimoramento dos especialistas em segurança para evitar que novos casos como este aconteçam. 

Tecnologias de Segurança para Escolas 

Atualmente, existem diversas ferramentas de tecnologia voltadas para a segurança corporativa

Esses mesmos recursos podem ser utilizados para melhorar a proteção das instituições de ensino brasileiras. 

gestão de risco começa no planejamento. Ao levantar cenários e identificar possíveis situações de desastre nas escolas, é necessário aplicar todas as medidas preventivas necessárias. 

As ferramentas tecnológicas podem ajudar muito neste processo. Monitoramento, controle de acesso e levantamento de dados, podem gerar insumos para a criação de novas estratégias de segurança, voltadas especialmente para instituições de ensino. 

A tecnologia de nuvem, por exemplo, permite o compartilhamento de arquivos em tempo real, como gravações de câmeras de segurança. Sendo possível segmentar a quem essas imagens são enviadas, o que pode incluir diretamente as autoridades locais. 

A mesma pesquisa feita pelo INEP aponta que mais de 50% dos atentados nas escolas tiveram como alvo professores e autoridades. E que muitos deles se recusaram a falar sobre o assunto com medo de novas represálias. 

O sentimento de insegurança e o risco de vida são problemas muito sérios, independente do espaço que ocorram. A gestão de risco é um planejamento técnico que na prática vai evitar novos casos de violência como estes. 

Sistemas de Segurança em Escolas 

Os mesmos mecanismos de segurança hoje aplicados em empresas de diversos segmentos, podem ser aplicados nos sistemas de escolas. 

A inteligência artificial é uma aliada nesta missão. Câmeras de segurança, sensores de áudio e alarmes detectam movimentos fora da normalidade. 

O sistema sonoro consegue emitir um sinal para a câmera a todo tipo de ruído estranho. Assim, o equipamento é direcionado automaticamente para aquele ângulo, gravando tudo. 

As imagens conseguem captar a situação em tempo real e, com a ajuda da internet, podem ser enviadas imediatamente aos responsáveis para tomada de decisões rápidas. 

Desta forma, a execução de um plano de contingência tem mais chances de ter sucesso. 

O levantamento do Ministério da Educação mostra dados preocupantes. São 10.984 casos de alunos portando armas brancas dentro das escolas, além dos 1.685 com armas de fogo que também estiveram nesses espaços, só em 2018. 

Equipamentos detectores de metais ou analíticos com algoritmos de reconhecimento de armas de fogo, são algumas das soluções para esses casos. 

O poder público já se manifestou perante essas informações e, hoje, tramita o Projeto de Lei (PL) 2.256/2019 como emenda na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que segue para votação final na Comissão de Educação (CE). 

A medida mais expressiva apresentada no projeto está relacionada a controle de acesso e monitoramento. 

Uso de cartões magnéticos 

Outra medida de segurança que pode ser aplicada em escolas e universidade é a adoção do uso de cartões magnéticos. 

Além de reforçar a segurança contra fraudes, por conter uma tecnologia mais complexa do que apenas os dados pessoais e foto do portador, auxilia na proteção de pessoas, bens, informações e espaços físicos. Clonagens ou uso fraudulento também são dificultados com o uso desta tecnologia. 

O cartão magnético pode ser utilizado para acesso através de portões e catracas com leitores. O controle de quem transita na escola é uma maneira muito eficaz de evitar incidentes graves como o que aconteceu em Suzano. 

Os cartões também podem substituir chaves de armários que atualmente são facilmente perdidas ou copiadas. 

Os dados pessoais do aluno, bem como o horário que esteve no local, ajudam possíveis investigações que vão além das câmeras de segurança. 

Transpondo o acesso físico, os cartões magnéticos também são utilizados para ingresso em sistemas e banco de dados da instituição, como o acervo digital da biblioteca por exemplo. 

No mais, documentos corporativos, dos quais os funcionários tem permissão, também ficam mais protegidos. Garantindo melhor a segurança das informações. 

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