Sistemas de comunicação para segurança nas escolas

Mais de dois anos após o massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano, pesquisa do Instituto Locomotiva e da APEOESP realizada entre setembro e outubro de 2019 aponta, entre outros dados, que 37% dos estudantes no Estado de São Paulo já sofreram algum tipo de violência.

Oito em cada dez adolescentes entre 12 e 19 anos já afirmaram ter visto casos de violência na escola, aponta a pesquisa do Comitê Paulista pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, formado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, governo estadual e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), com a participação de 747 adolescentes na Grande São Paulo, no começo deste ano.

As variáveis que caracterizam o ambiente escolar com a presença da violência são: ocorrência de crimes contra o patrimônio, crimes contra a pessoa, tráfico de drogas e atuação de gangues.

Não é só no Brasil

Em alguns países, como nos Estados Unidos da América, as tragédias envolvendo atiradores em escolas infelizmente já fizeram centenas de vítimas. Desde o evento de Columbine, em 1999, foram 11 ataques nos EUA com mais de 4 vítimas fatais em cada um deles.

Mesmo em países reconhecidamente mais seguros há registros de incidentes violentos.

No dia 19 deste mês, na escola Källebergsskolan, na cidade de Eslöv, na Suécia, um estudante de 15 anos esfaqueou e feriu gravemente um professor.

Naquele mesmo momento, na escola Norrevångsskolan, distante menos de três quilômetros do ataque, o vice-diretor Pelle Jansson, participava de uma videoconferência sobre o uso de um novo sistema de alarme que permite todos do staff serem alertados rapidamente sobre incidentes graves.

“Foi terrível. Não tínhamos muitas informações, mas decidimos chamar os alunos que estavam ao ar livre nas aulas de esportes. Também garantimos a presença de adultos nos corredores”, narra Pelle Jansson. E as aulas continuaram como de costume durante a manhã. 

Investimentos em Segurança e Gestão de Riscos

“Nos últimos anos, a segurança foi reforçada em Norrevångsskolan. Agora existem câmeras de segurança nas instalações, todas as portas da escola têm fechadura com código e os visitantes devem marcar hora.  Há cinco ou seis anos tínhamos problemas com furtos e os alunos ficavam inseguros, por isso temos trabalhado muito com segurança e proteção”, disse Pelle Jansson.  

“Hoje em dia, os alunos estão mais seguros, mas o trabalho para fortalecer a segurança continua. Na primavera, a escola fechou um acordo com a empresa CoSafe, uma plataforma de comunicação que permite informar todos os funcionários ao mesmo tempo com o toque de um botão. Ele será usado a partir da próxima semana. Se algo sério acontecer – um incêndio, um acidente ou um ato de violência – todos os funcionários receberão uma mensagem em seu telefone, tablet ou computador. Em seguida, eles devem seguir o plano de crise para este evento específico. Por exemplo, evacuar a escola ou acionar o plano de emergência, que significa que os alunos e funcionários deverão buscar proteção.”

“Temos planos claros para todas as crises concebíveis. A equipe é treinada e respeita o fato de a escola levar o trabalho de segurança a sério. Claro que é desagradável falar sobre riscos. Mas se você está preparado até para o improvável, as chances são maiores de você agir corretamente”, entende Pelle Jansson.

Caso alguém esteja em situação de perigo, os planos de crise também estão disponíveis no novo sistema de comunicação.  

Tecnologia de Segurança para Escolas 

“Após a trágica tentativa de assassinato em Eslöv, muitos diretores de escolas entraram em contato com a CoSafe. Temos sido procurados por municípios e também por clientes que querem colocar mais escolas no sistema. Para que funcione, o pessoal deve saber atuar nas mais diversas situações. Não temos a solução para todos os problemas, mas podemos alertar rapidamente todos os funcionários e nos comunicar com eficácia, uma peça importante desse quebra-cabeça”, afirma Alexis Nicou – CEO da CoSafe na Suécia.  

As prefeituras de cidades como Malmö e Estocolmo já contrataram a CoSafe, mas cabe às escolas individuais decidirem se querem fazer o pedido e pagar pelo sistema.  

Por meio da CoSafe, a gestão da escola também pode enviar informações a todos os alunos e pais que baixarem um aplicativo. Por exemplo, uma inundação onde as escolas devem ser mantidas fechadas, como aconteceu recentemente em Gävle, cidade no norte da Suécia.

Se a Suécia tem a necessidade de uma ferramenta para o setor de segurança e o gerenciamento de crises em escolas, aqui no Brasil as estatísticas deixam claro o quanto é indispensável às escolas e universidades contarem com tecnologia para ampliar a segurança de toda comunidade acadêmica em caso de incidentes ou emergências em escolas.


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Saiba mais sobre a CoSafe:

CoSafe Brasil – https://cosafe.com.br/

Ana Flavia de Bello– CEO – [email protected] 

Fernanda Moreira– Diretora de Operações – [email protected] 

Ana Flavia Bello Rodrigues

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