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Business Continuity e Disaster Recovery: qual a diferença?

Ainda que ambas sejam estratégias de segurança corporativa, existem diferenças nos processos e funções dessas ferramentas. 

Disaster Recovery é uma ação reativa aos acontecimentos e deve ser acionado quando algo de fato acontece. Tem a função de recuperar dados, caso seus sistemas de informação sejam invadidos, por exemplo. 

Enquanto Business Continuity garante que os negócios continuem funcionando mesmo durante uma crise.  

BC é uma estratégia proativa, feita para identificar possíveis cenários e evitar que eles aconteçam. É o planejamento que garante a continuidade dos negócios mesmo com a operação reduzida. 

O planejamento em Business Continuity é crucial para a sobrevivência durante e após uma crise, pois possui uma abrangência maior do negócio. 

Disaster Recovery  é um conjunto de ações associadas à outras medidas do Business Continuity 

DR está mais ligado à tecnologia e processos operacionais, permitindo que a atividade da empresa não seja interrompida devido a um desastre. 

Trabalha para que a operação volte ao normal mais rapidamente, se possível, de imediato. 

A importância do Business Continuity para sua empresa

Business Continuity está na esfera dos negócios e se baseia em análises de cenários e recursos para garantir a saúde da empresa, mesmo com uma crise em andamento. 

É responsivo e vai agir de acordo com a criticidade em que o negócio se encontra. Por isso é necessária a preparação concreta e baseada em dados para ter um bom BC na manga, caso algo venha a acontecer. 

Com o Business Continuity, a gestão saberá, de acordo com o cenário, quais as ações prioritárias e o que fazer para estancar o sangramento. 

Já sabendo as consequências e o que será feito para a recuperação total da empresa e em quanto tempo isso vai acontecer. 

A equipe de gestão deve estar preparada para as situações calculadamente previstas, pois o BC necessita de recursos. Custos já calculados e poupados por uma boa gestão de risco

Execução do Business Continuity 

Dentro da gestão, cada um com funções delegadas e trabalhando em conjunto para o firmamento de um bom BC. Um planejamento de BC exige tempo, pesquisa, prática e aprimoramento.  

Profissionais qualificados e informações sólidas, baseadas no mercado e em conceitos administrativos de gerenciamento de crise e segurança corporativa.

Além de sua elaboração, é necessário praticar e aperfeiçoar as medidas nele propostas. Sempre avaliar novamente o cenário para identificar possíveis novas ameaças e evoluir o plano de acordo com o que foi encontrado. 

Business Continuity atinge todos setores da empresa 

BC também envolve os clientes. É necessário dar segurança aos fornecedores e clientes que eles continuarão recebendo valores, produtos e serviços, ainda que a crise não esteja encerrada. 

Um bom trabalho comercial e do marketing neste momento é essencial para manter a credibilidade de sua empresa, além de honrar com os compromissos financeiros. 

O planejamento de crise do BC já calcula essa vertente e garante, através de uma reserva monetária, o pagamento de fornecedores e a entrega dos pedidos para os consumidores. 

Disaster Recovery na proteção de dados 

A tecnologia da informação hoje é uma das principais portas de entrada de invasores e roubo de dados. O Disaster Recovery deve trabalhar para que a segurança de T.I. seja mantida.  

Entretanto, se os sistemas forem invadidos, planos de contingência devem ser acionados afim de evitar que essas informações continuem escoando ou que sejam futuramente utilizadas de forma indevida. 

A recuperação de um hardware também pode ser bem cara. O Disaster Recovery fica responsável pela reintegração dos sistemas e por garantir seu bom funcionamento após a crise. 

Nunca sabemos o que pode de fato pode acontecer. Mas estatísticas mostram que desastres naturais estão no fim da lista de ocorrências geradoras de crises empresariais. 

Erros humanos, falta de energia e violação de sistemas, lideram os três primeiros lugares de causas de crises, segundo pesquisa “The State of Business Technology Resiliency”, da Forrester

Os dados do artigo também revelam que 93% das empresas que sofrem um desastre entram com pedido de falência em menos de um ano. Reflexo de uma gestão de risco deficiente. 

Disaster Recovery é mais seguro que apólices 

Geralmente, as apólices de seguro cobrem apenas inventários, equipamentos, perdas e danos. Garantir-se apenas nessas condições no caso de uma crise pode ser o fim para o seu negócio.

Outras perdas que devem ser levadas em consideração, e incluídas em um planejamento de Business Recovery, são as financeiras. Multas governamentais, lucros perdidos e violação de dados, são alguns dos exemplos. 

A imagem também diz muito sobre o sucesso ou fracasso do negócio. Uma reputação manchada ou perda de credibilidade no mercado, condenam sua lucratividade. 

Em âmbito legal, é possível perder licenças e/ou gastar milhões com processos, comprometendo o capital de giro da empresa. 

Rescisões de contratos também podem custar um bom dinheiro e isso pode gerar uma reação em cadeia devido à falta de confiança dos clientes para com a empresa. 

Durante a crise também é muito provável que você fique congelado por um tempo, impedido de concretizar novos negócios e parcerias. O que diminui o lucro e agrava a situação. 

Todos esses pontos devem ser abordados no momento de desenvolver seu planejamento de Business Continuity e definir as estratégias de Disaster Recovery para ele.  

Assim, a sua empresa não fica apenas contando apenas com a apólice de seguros, e permanece respirando durante uma possível crise. 

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