Segurança hospitalar antes e depois da COVID-19

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Segurança hospitalar: como ser eficiente e mitigar riscos

Os hospitais são organizações que lidam com o elemento mais valioso, a vida. Portanto, para que ele possa cumprir seu objetivo principal, é fundamental que toda sua estrutura seja eficiente para garantir a saúde, a satisfação e segurança hospitalar de cada paciente que busca atendimento diariamente e seus familiares.

A segurança patrimonial e pessoal hospitalar vem evoluindo nos últimos anos, principalmente junto com o aumento de ocorrências nos ambientes clínicos. Agora, em meio à pandemia de Covid-19, os esforços de segurança ganham um novo olhar e precisam construir novas e reforçadas medidas para evitar além de danos ao patrimônio, danos à vida.

Neste texto, você vai entender um pouco mais sobre como a segurança hospitalar é fundamental para o pleno funcionamento dos ambientes médicos e como essas medidas vem ganhando destaque em meio a crise de saúde causada pelo novo Coronavírus.

Segurança hospitalar antes e durante a Covid-19

A segurança hospitalar é complexa e envolve planejamento e análise de risco para identificar as áreas críticas de cada hospital. A partir disso, são criadas medidas, um plano de mitigação desses riscos, de modo que todas as ações possam ser mais assertivas.

“A gente tem ocorrências de furtos, além de fraudes e trotes, que não são exclusividade nossa, acontecem em todos os hospitais. Todos os hospitais têm um fluxo de pessoas muito alto. No Einstein, tínhamos uma movimentação de quase 15 mil pessoas por dia antes da Covid-19 e a segurança trabalha para evitar que algo aconteça à essas pessoas. É preciso criar processos e operações para evitar que isso aconteça”, ressalta Dov Smaletz, Gerente de Segurança do Hospital Israelita Albert Einstein.

Neste cenário, tecnologias e treinamento de pessoal são fundamentais para garantir segurança patrimonial. Equipamentos de câmera e alarmes, sistemas de controle de acesso e aplicativos são utilizados para prevenção e mitigação de ocorrências.

“Temos desde catracas, passando por câmeras que são as mais modernas em tecnologia. Temos analiticos que são abarcados em câmeras, alarmes perimetrais e temos uma mapeabilidade. Uma das grandes preocupações em hospitais com maternidade é a subtração de menor incapaz, por isso usamos também pulseira com tag de rastreamento para a mãe e o bebê”, destaca Smaletz.

Com a pandemia, as preocupações relacionadas à segurança e ao acesso às áreas críticas de centros médicos tem crescido muito. O acesso de pessoas não autorizadas em áreas com alto potencial de contágio deve ser bloqueado e o controle de acesso com biometria facial sem contato tem se mostrado uma ferramenta muito importante.

“Facilidade de uso, segurança e velocidade são características que tornam esses sistemas muito procurados. No entanto, o fator principal atualmente tem sido o fato de serem sem contato, tornando o sistema 100% higiênico. No caso das tecnologias de reconhecimento facial, a característica de permitir o acesso inclusive com parâmetros de proteção facial, tem sido um diferencial importante. Temos casos de uso onde a biometria de impressão digital pode ser lida inclusive com o uso de luvas cirúrgicas”, explica Ricardo Miralha, Gerente de Vendas da IDEMIA para América Latina.

Com a chegada da pandemia, muita coisa mudou nos hospitais. As ocorrências e a visão da segurança hospitalar também precisa acompanhar as mudanças.

O que muda em tempos de Coronavírus?

“Com tranquilidade, posso afirmar que o que mudou com a pandemia foi a visão de que a segurança hospitalar precisa ser mais holística do que era até então. Tudo o que tínhamos imaginado um dia, aconteceu pior. Tudo o que tínhamos mapeado em nossos estudos, essa pandemia veio de forma diferente. Impacta o negócio e nas demais áreas além de segurança patrimonial”, afirma Smaletz.

A pandemia trouxe novos alvos para os criminosos, que passaram a visar outros tipos de produtos e bens. Por exemplo, respiradores, medicamentos, testes, tudo isso passa a ter um alto valor agregado, superior ao que tinham antes.

“Com certeza investimos em treinamento e capacitação para as equipes, principalmente sobre a doença. Hoje é diferente, há uma preocupação grande com nossas equipes para sensibilizá-los sobre como se proteger contra esse inimigo invisível. A segurança patrimonial precisa ser resiliente e se adaptar”, reforça o especialista do Einstein.

Sistema que detecta febre remotamente

Startups apoiadas pelo Eretz.bio, uma incubadora de startups de assistência médica operada pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), desenvolveram o sistema chamado Fevver.

Composto por uma câmera térmica e algoritmos de reconhecimento facial, o sistema checa o rosto das pessoas e mede sua temperatura automaticamente. Quem chega na recepção do Einstein e é detectado com febre, aciona a inteligência artificial (AI) do software que envia um alerta de smartphone para a enfermeira de plantão. Ela ativará rapidamente o protocolo de triagem do hospital para evitar a transmissão do novo vírus no ambiente hospitalar.

Este é o primeiro analisador de sintomas do mundo a utilizar I.A. e protocolo por notificação para ajudar pessoas contra o Covid-19. O único do Brasil comercializado e atualmente implantado em Hospital.

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