O ROI nos projetos de segurança.

Os projetos de segurança são desenvolvidos com base no entendimento das complexidades e vulnerabilidades existentes em uma empresa e como esses fatores podem impactar no desenvolvimento e afetar equilíbrio financeiro do negócio.

Entretanto, apesar da importância da customização dos serviços de segurança patrimonial, é preciso garantir a positividade do ROI (sigla em inglês para Retorno Sobre o Investimento) a fim de certificar que os resultados superam os valores investidos.

Montar um plano de segurança específico para uma corporação, ou seja, definir como equipar com dispositivos, softwares e recursos humanos de forma adequada para atender as necessidades, expectativas e se encaixar no ambiente corporativo deste cliente, envolve uma movimentação de capital relevante.

Assim, é preciso encontrar formas de garantir e demonstrar o ROI do projeto.

Pensar em estratégias de segurança exclusivas para cada empresa possibilita a previsibilidade do ROI por meio de um diagnóstico completo dos riscos envolvidos. Assim, é possível propor uma solução com fit específico para o cliente, elencando quais sistemas, processos e equipamentos possuem maior prioridade e como serão controlados os custos iniciais da implementação deste projeto.

Como focar no ROI durante o desenvolvimento de um projeto?

Os projetos de segurança são as diretrizes que definem as operações de proteção do patrimônio de um empreendimento, todas as pessoas em seu interior e ligadas a ele. De certa forma, além de efetivar a segurança e proteção, eles devem resultar em um bom retorno do investimento.

Este retorno não é simplesmente ligado a questões financeiras, ele engloba toda uma questão perceptiva e subjetiva sobre os riscos, segurança e imagem do negócio.

Claudio Procida, consultor especialista em Gerenciamento de Projetos e diretor da Engerisco, salienta que o retorno do investimento de um projeto de segurança é “medido por indicadores de performance e desempenho operacional que não fazem parte da composição da fórmula do ROI. Porém, de nada adianta um projeto lucrativo com uma insatisfação do cliente pelo projeto implantado. Essa insatisfação pode se traduzir futuramente em prejuízos jurídicos muito maiores do que os lucros obtidos pela implantação do projeto”.

Quando um cliente decide investir, ele pretende pagar pela segurança de saber que tudo vai ficar bem em qualquer eventualidade. Por outro lado, se no final das contas este investimento sair mais caro do que o bem protegido, não existe razão alguma para o fazer.

Entretanto, se levarmos em consideração o potencial dos riscos e o tamanho do impacto negativo caso algum sinistro ocorra e como isso afetará a percepção dos clientes, funcionários e gestores em relação a segurança e imagem do negócio, fica evidente que os investimentos se justificam.

Segundo Roberto Zapotoczny Costa, sócio na The First Consultoria, “o ROI pode não ser apenas uma questão matemática e sim representar muito mais que isso. Os riscos à vida e à sobrevivência do empreendimento devem sempre serem levados em consideração. Segurança deve ser sempre investimento, nunca um custo. Dentro de uma grande operação podemos ‘perder menos’ se não realizarmos investimentos na sua proteção? Daí emerge a questão sobre como queremos nos relacionar com os riscos e o quanto os toleramos”, pontua o especialista.

Arnaldo Perrone, Gerente e Auditor AVSEC na ATS – Aviation Training & Services, corrobora esse pensamento e leva a questão além, com a perspectiva do ROI na segurança da aviação civil.

“Qual o valor de uma vida no caso de um acidente ou incidente aéreo? Os valores das indenizações para cada família? Fazendo uma análise de uma pesquisa dos dois acidentes que abalaram o Brasil com TAM, um 1996 e outro 2007, é possível entender que o valores oscilam sempre para cima e não é estimativa precisa, podendo chegar a milhões por passageiros. Para o voo de 1996 o cálculo médio foi de R$ 1,8 milhão de indenização para cada passageiro, e para o voo de 2007, a média chegou a R$ 2,6 milhões. Estamos falando de 24 e 13 anos atrás, respectivamente. Obviamente que não estamos calculando a degradação da imagem institucional da empresa e material (aeronave), valor do seguro da frota das aeronaves, etc.”, reforça o especialista.

Como demonstrar para seus clientes que o projeto de segurança será um investimento de ROI positivo?

Para demonstrar que os projetos de segurança entregam ROI positivo é preciso evidenciar ao cliente o meio onde sua empresa desenvolve as atividades, a prioridade de cada recurso e patrimônio para seu pleno funcionamento, além de quais serão as ações necessárias para reduzir ou mitigar perdas futuras da maneira mais econômica possível.

Para o cliente entender e ser influenciado efetivamente em suas decisões econômicas, é fundamental utilizar dos valores reais da estratégia a ser implementada e mostrar como eles são inferiores aos possíveis danos e prejuízos que a empresa pode se submeter.

Wesley Morais, Regional Sales Manager da PELCO, afirma: “é fundamental demonstramos aos nossos clientes que o ROI vem através da robustez, da durabilidade e da tecnologia embarcada em nossos produtos e soluções.”

“Nossos clientes mensuram este retorno através dos benefícios proporcionados pelas tecnologias embarcadas e agregadas ao sistema. Como exemplo, podemos mencionar os analíticos, que auxiliam a obter estatísticas, dados e relatórios que agregam valor aos seus negócios”, adiciona Morais.

Quais as principais medidas para garantir o melhor ROI para os clientes

Sobre como o P&D da sua empresa trabalha para oferecer o melhor retorno para os clientes, Morais diz: “procuramos ouvir nossos clientes, entender suas necessidades e trabalhar em soluções orientadas ao futuro, proporcionando a garantia de que seus investimentos atuais serão recuperados”.

Para os distribuidores e integradores, poder ofertar um sistema através de uma mensalidade, pode ser o fator determinante para viabilizar um projeto. “Portanto ter um bom alinhamento comercial entre nossas empresas (Fabricante, Distribuidor e Integrador) é essencial para ROI positivos nos projetos de segurança e, por consequência, o sucesso do negócio”, conclui o Gerente Regional de Vendas da PELCO.


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