Treinamento e Business Continuity: lendo o cenário com Gerson di Mambro

Autoridade em segurança e gestão de pessoas, Gerson di Mambro, dá dicas sobre engajamento de equipe e sua importância para o setor de segurança 

Já falamos aqui no blog sobre a importância da Cultura de Segurança para um bom Gerenciamento de Crise

Conscientizar os funcionários sobre o papel de cada um no Plano de Contingência e nas medidas de segurança preventivas elaboradas pela gestão é o primeiro passo.  

Sendo o treinamento a principal ferramenta, um time engajado e alinhado à Cultura de Segurança é capaz de gerar resultados excepcionais.  

Para falar um pouco sobre os impactos positivos de investir em treinamento de equipe, chamamos o especialista Gerson Di Mambro

Com mais de 15 anos de experiência em Gerenciamento de Crise e Tecnologia da Informação, Gerson atualmente é gerente da área em um dos maiores bancos do Brasil, o Itaú

Além de falar sobre gestão de pessoas, Gerson dá um panorama do futuro da Segurança Corporativa, especialmente em Business Continuity, com o adendo das novas tecnologias. 

Veja agora a entrevista completa com o especialista: 

Blog da Segurança: Queremos saber de você, como montar um bom time de segurança? 

Gerson di Mambro: Para estruturarmos uma boa equipe de segurança entendo que o importante é ter profissionais com conhecimento técnico, atitude, disponibilidade, criatividade, empatia e ser colaborativo. Sem deixar de lado, é claro, o gerenciamento de riscos. Outro aspecto importante na seleção é sua experiência real, pois ela servirá de fator diferencial na escolha do melhor profissional.  

BS: Quais habilidades você busca nos profissionais individualmente e no conjunto. E qual é o melhor caminho, como líder, para manter a equipe motivada e integrada à cultura da empresa? 

GdM: No aspecto de motivação entendo que a autonomia é fator crucial, com oportunidades iguais a todos. Também vejo como importante ter um ambiente aberto para que todos possam expor seus pontos de vista e dar feedbacks espontâneos (quando necessário). Parece clichê, mas criar essa atmosfera é sempre um desafio, isso porque, depende do perfil do colaborador e da cultura da sua empresa, mas vejo uma evolução muito grande nesse sentido. 

BS: Vimos na última edição do Security Megatrends que a tendência da segurança daqui em diante é que as tecnologias se integrem aos métodos tradicionais. Numa espécie de convergência, para melhoria dos processos e criação, inclusive, de novas metodologias. O que você acha disso?   

GdM: Há uma evolução bastante grande nesse sentido, sim, e ela se aplica a todos os setores da economia. Mas pensando em segurança, o que tem sido legal é que essas novas tecnologias criam alternativas para qualquer tamanho de bolso, sejam elas de monitoramento inteligente, acessos, drones, alarmes, etc. 

BS: Como você acredita que as tecnologias podem ajudar de fato no dia-a-dia em Business Continuity, por exemplo?

GdM: Em relação a continuidade de negócios tenho minhas ressalvas, principalmente para as empresas brasileiras, isso porque não temos essa cultura de pensar em alternativas (planos B) na concepção dos projetos e aí que podemos ter problemas. Cabe aos profissionais da área de continuidade de negócios alinharem essa cultura com o board de suas companhias para que ela evolua e os reguladores serem cada vez mais exigentes, para não pensarmos nisso somente na hora dos problemas/crises. 

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